Brasil Campeão da Copa do Mundo de Testes de Software

Uma semana se passou após a divulgação do resultado das finais, e talvez nesse momento eu já consiga compartilhar com vocês, de maneira mais precisa, como foi essa experiência.

Após o anúncio de nossa vitória na etapa continental, começamos uma série de preparativos, que consistiram desde a parte logística da viagem (passagens, hotel, documentos…), as demandas da organização (fotos, vídeos, entrevista…) e a preparação técnica para a organização.

Na parte técnica, analisamos o nosso desempenho na fase continental, destacando os pontos fortes que precisavam ser mantidos e os pontos de melhoria, onde precisaríamos realizar ajustes. A partir dessa análise nos dividimos, de modo a realizar as tarefas, que consistiam desde ajustes na estratégia de testes, test report e principalmente atividades de estudo e seleção de ferramentas para áreas como acessibilidade, segurança e usabilidade.

A competição:

A etapa final seguiu o mesmo modelo da continental, tivemos 3 horas para validar a aplicação (Comércio Eletrônico) e enviar um Test Report, que deveria abranger a estratégia utilizada, findings, recomendações e análise do produto. O grande diferencial nessa fase, foi que os jurados, equipe de reportagem e platéia podiam nos interromper com perguntas durante as três horas, o que aconteceu algumas vezes e exigiu jogo de cintura para responder e retomar o trabalho sem perder a concentração.

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Durante a prova final, utilizamos diversas ferramentas de apoio, abaixo aponto algumas:

  • Google Docs: Colaborativamente alimentávamos o test report, durante a execução, adicionando os defeitos encontrados e informações relevantes.
  • Trello: Antes da competição preparamos um quadro virtual, onde listamos as áreas de teste, e pudemos nos organizar, com o objetivo de evitar duplicação de trabalho e assegurar uma melhor cobertura.
  • MindMeister: Ferramenta para criação de mapas mentais, utilizada para descrevermos nossa estratégia de maneira mais visual.
  • HP Pronq Agile Manager: Ferramenta oficial da competição para gerenciamento dos defeitos.
  • Acessibilidade: Utilizamos ferramentas online, como Wave e daSilva, com o objetivo de apontar falhas de acessibilidade na estrutura do código.
  • Segurança: O Firebug foi uma das ferramentas que utilizamos para identificar potenciais falhas de segurança.

Placar com contagem de bugsAo final das três horas de trabalho intenso, ficou claro para nós ao conversarmos com alguns dos jurados e organizadores, que além das capacidades técnicas em testes, eles também estavam avaliando aspectos relacionados às metodologias ágeis, como a organização da equipe e comunicação interna e com o cliente.

Divulgação do resultado:

No dia seguinte, durante o Keynote de abertura da conferência, recebemos a premiação da etapa continental.

premiacao_etapaContinentalEnquanto, que a divulgação do resultado final aconteceu apenas a noite, durante a festa temática, organizada pelo evento. E claro, que ficamos muito felizes com o resultado final, representando o Brasil e elevando a nossa comunidade de testadores a uma posição de destaque.

Brasil Campeão

Por fim, um agradecimento especial a toda a organização do evento, toda estrutura e apoio fornecido antes, durante e após o evento foram impecáveis. Além da competição, pudemos aproveitar os 3 dias da conferência, que também foram excelentes e em breve compartilharei com vocês um pouco das palestras e workshops que pude assistir.

Copa do Mundo de Testes de Software – Etapa América do Sul

A primeira etapa da copa do mundo de testes de software chegou ao seu final, após a realização de cada uma das eliminatórias continentais.

No último dia 19 de julho tive a oportunidade de participar da etapa da América do Sul e compartilho com vocês como foi a experiência.

Preparação:

Começamos nossa preparação através de uma rápida reunião um dia antes do evento, onde definimos nossa estratégia baseando-se nas informações que tínhamos até o momento e preparamos um “template” para o relatório de testes, que deveríamos mandar ao final da competição.

Já no dia do evento, 30 minutos antes do horário previsto para o início da competição recebemos as últimas instruções dos organizadores, que descreviam: 

Utilizamos esse tempo antes do horário de início para instalar o aplicativo, entender suas principais características e utilizando o quadro como apoio identificamos sub-áreas da aplicação e os tipos e técnicas de testes que gostaríamos de aplicar.

As 3 horas de competição:

Com o auxílio das informações no quadro direcionamos o nosso foco para maximizar a execução e identificação de falhas. Ao longo das 3 horas, que passaram voando, exploramos e reportamos diversas falhas de diferentes níveis de severidade, além de itens referentes a usabilidade da aplicação. 

Durante o tempo disponível para execução, priorizamos a comunicação entre os membros da equipe, com o objetivo de:

  1. Evitar duplicação de esforços;
  2. Compartilhar de maneira fácil e rápida informações relevantes e defeitos encontrados;
  3. Trabalharmos em conjunto na investigação e identificação de problemas.

Como nosso time possui 4 integrantes, definimos que 1 trabalharia com maior foco na elaboração do relatório que deveria ser entregue ao final do evento, enquanto os demais permaneceriam voltados para execução. Essa organização nos permitiu continuar com a execução até quase os últimos minutos disponíveis sem comprometer a elaboração e entrega do relatório.

Valeu a pena?

Com certeza! Todos da equipe gostaram da experiência e nos divertimos bastante trabalhando em conjunto para encontrar defeitos relevantes. Ao final das 3 horas podemos dizer que conseguimos atingir uma cobertura interessante das funcionalidades do sistema, mesmo enfrentando situações, como a inexistência de requisitos e a restrição de tempo.

Agora, só nos resta aguardar pelo resultado e por novas edições da competição!