Agilidade é Ritmo!

Assitir palestras de alguns gurus é sempre interessante! Mesmo quando a palestra não está legal, em algum momento você pode escutar alguma frase ou alguma explicação que pode mudar sua vida. Eu diria que é mais ou menos como um atacante de futebol que é artilheiro, mas está jogando uma péssima partida, mas o técnico o deixa em campo pois a qualquer momento ele pode fazer um gol!

Dito isto, eu estava em uma longa palestra com um artilheiro, mas a palestra não estava tão interessante. Mas em determinado momento, falando sobre agilidade,  ele disse: “Agile is about rhythm!” Essa frase então chamou minha atenção e fiquei atento a explicação do que isso significava, e fez sentido pra mim.

Se você participa de um projeto que tem um determinado ritmo como por exemplo entregar um release do software a cada 6 meses, você tem “muito tempo” para pensar/fazer/detalhar requisitos, “muito tempo” pra implementar e por aí vai. É óbvio que você vai terminar fazendo mais do que o necessário para o momento e talvez não consiga finalizar tudo, além de colher o feedback muito tarde (em 6 meses tudo pode mudar).

No entanto, se você tem um ritmo de fazer um release por mês, você tem menos tempo pra focar em vários requisitos, por isso você só seleciona alguns deles (os mais importantes do ponto de visto do cliente), você nao tem tanto tempo pra discutir requisitos em um nível de detalhes muito aprofundado (a  não ser que realmente seja preciso) e você não tem tempo para perder tempo com reuniões sem sentido e etc, então você foca em desenvolver aquilo que tem pra ser desenvolvido de forma a receber feedback o mais rápido possível e mudar o mais rápido possível (antes que o custo da mudança seja muito caro ou inviável).

Ah, acho que tem um cenário pior do que os dois que apresentei, que é o caso de você não ter ritmo nenhum!

E você o que acha? Qual o ritmo que faz mais sentido para você ou para sua empresa?

5 comentários sobre “Agilidade é Ritmo!

  1. Grande Burgos! Esse artilheiro fez uma excelente metáfora!

    Para complementar a discussão, acredito que outro cenário muito ruim é quando a banda não tem ritmo e/ou cada integrante tem seu ritmo próprio. Por exemplo, os desenvolvedores ficam bloqueados porque o designer esta na batida lenta ou então os testers ficam parados devido ao ritmo bossa nova dos desenvolvedores.

    Nesse caso, qual a melhor solução? Ou então, já que gostamos de falar de custos, qual a solução de menor custo/esforço? Se o problema é liderança/gerência, cabe a eles montar uma banda na qual exista um gênero musical minimamente em comum ou então reunir a turma do pagode no grupo do pagode, samba com samba, bossa nova e etc. Por outro lado, será que apenas um “cede daqui-cede dali” já seria suficiente? Por exemplo, suponhamos que eu não goste de rock, em determinados ambientes/contextos eu tenho que aturar rock, muito mais por uma questão de sobrevivência do que gosto.

    • Meu caro Gustavo, é um prazer ler comentários inteligentes como o seu 🙂

      Concordo plenamente que o time todo tem que estar em um ritmo, e é por isso que a montagem de um time para um projeto tem que ser muito bem estudada e analisada justamente pra compor gente que tem “gosto eclético” e se adapta a qualquer situacao, com gente que “cede daqui-cede dali”, com gente que curte somente aquele tipo de ritmo que está sendo tocado no projeto!

      Eu diria que montagem de time é uma arte 🙂 e ainda mais qd você teve experiencias de fazer parte de times que realmente todo mundo entrava no mesmo ritmo e dancava a mesma música, porque aí você vê a beleza de toda a orquestra funcionando em harmonia 😀

  2. Post show de bola Thiagão, parabéns e Gustavo parabéns pela metáfora no seu comentário. Discussão muito produtiva e concordo com Thiago quando fala sobre a montagem de uma equipe.
    Essa questão de montar um equipe bem afinada é uma arte mesmo. Outro grande desafio é quando precisa substituir um “músico” dessa orquestra no meio da apresentação ao “público”, pois achar um “músico” que consiga tocar no ritmo que a orquestra já está tocando tem que ser um cara muito competente. Senão a apresentação vai desafinar geral !!! 🙂

    • Grande Diego, a metáfora aqui está ficando ainda mais rica! 🙂

      Concordo contigo em relação a substituição de um membro do time, é uma tarefa delicada e muito importante para o sucesso do projeto.

      Gostaria inclusive de destacar um papel importantíssimo nessa orquestra: O Maestro (Project Manager)! No final das contas ele não vai tocar instrumento nenhum, mas a depender dele o concerto pode ser uma maravilha ou uma tragédia! Ele que tem que identificar que tem alguém desafinando, e tentar ajustar! Ele que tem que incentivar! Ele que tem que saber o nível de interferência que ele precisa ter na equipe (a depender da maturidade de toda a orquestra)! Enfim, é uma tarefa que depende de habilidade, capacidade e sensibilidade!

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